Pandemia: Crise e Novas Configurações no Trabalho

A pandemia trouxe desafios até então inimagináveis para o mercado de trabalho. Em meados de abril, quando o contágio começou a acelerar, o cenário não era nada animador. Além do medo da população em relação a um vírus desconhecido havia o medo de perder o emprego. O debate em torno da saúde e do mercado tomou o país.

Meses depois, vemos a economia no país se recuperando aos poucos. Porém, ainda há enormes desafios. Em agosto, as pesquisas do IBGE divulgaram que o desemprego bateu recorde no Brasil. Os dados apontam que mais de 13 milhões de brasileiros estavam sem trabalho até então.

E hoje, qual é o cenário que desponta em relação ao mercado?

Projeções para a economia nos próximos meses

A boa notícia no momento é que as coisas estão começando a melhorar na economia. A pandemia está mostrando sinais de queda, o que já é um ótimo acontecimento.

Além disso, dados recentes apontam que a indústria já tomou fôlego após meses difíceis. Desde maio já houve um aumento no faturamento. Inclusive, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou que o crescimento em agosto foi ainda maior do que antes da pandemia.

No comércio também houve um saldo positivo no terceiro trimestre de 2020. As vendas no varejo cresceram 5,2% em julho, de acordo com dados do IBGE. Além disso, alguns setores registraram aumento nas vendas em relação ao período anterior à pandemia.

Tudo isso indica que há uma retomada, aos poucos, na economia. A queda no emprego nas áreas da indústria e da construção civil já é menor em julho do que nos meses anteriores. No final de setembro os números já mostravam que há menos pessoas procurando emprego no país. Ou seja, ainda que o desemprego persista já há sinais de uma leve melhora.

Outra projeção que pode ser feita a longo prazo é em relação à forma como trabalhamos. A pandemia acelerou a adoção de uma prática de trabalho até então menos comum: o home-office. O trabalho remoto é uma das atividades que tende a continuar crescendo no período pós-pandemia. Pesquisas apontam que mais de 30% das empresas de portes pequeno a grande pretendem manter o home-office. Mas afinal, isso é bom ou ruim? Quais são seus reflexos na economia?

Novas configurações do trabalho na pandemia

Para não expor seus funcionários à Covid-19 muitas empresas de serviços não essenciais estão optando pelo serviço remoto.

O home-office já era praticado por alguns setores. Porém, com a pandemia isso se intensificou de forma exponencial. Mesmo com sinais de queda da doença no Brasil nem todo mundo pretende voltar ao regime presencial.

Diversas empresas optaram por manter o teletrabalho. Algumas colocarão uma porcentagem de seus funcionários para trabalharem em casa mesmo após a pandemia. Há até mesmo quem decidiu não ter mais um negócio físico para ter apenas o serviço remoto.

Parte dos funcionários públicos também deverão trabalhar em casa. Inclusive, o governo federal já está providenciando um sistema digital para que o trabalho seja acompanhado remotamente.

Este tipo de regime pode ser bastante econômico para o empregador. O Ministério da Economia já afirmou que economizou R$692 milhões com o teletrabalho durante a pandemia. No setor privado também houve queda nos gastos com energia elétrica, passagem de ônibus entre outras despesas.

Já para os colaboradores é preciso se adaptar ao novo modelo. Por ser algo relativamente novo, nem sempre é fácil se acostumar. Porém, algumas dicas podem ajudar quem opta ou precisa trabalhar neste formato.

Como manter uma rotina saudável no trabalho remoto

Não é todo mundo que se sente bem trabalhando em casa. Por isso, é preciso tomar diversos cuidados quando se pensa em instalar esse tipo de modalidade laboral.

Uma dica é fazer um acompanhamento inicial para dar suporte, especialmente a quem tem mais dificuldade. Também é interessante colocar à disposição dos funcionários um técnico para fazer eventuais reparos nas máquinas.

Ter um horário de entrada e saída ajuda a manter o foco e a disciplina. Manter reuniões periódicas também facilita o acompanhamento do trabalho. Isso pode, inclusive, ser feito de maneira virtual.

Outro cuidado essencial é com a saúde mental. O home office na pandemia não é fácil, já que nem todo mundo teve tempo de se preparar. As tarefas da casa se misturam com o trabalho. Isso pode aumentar o estresse e a ansiedade. Portanto, cuidar da saúde mental deve fazer parte da rotina de quem trabalha em casa.

Sintomas como insônia, irritabilidade e falta de concentração exigem atenção. Isso porque o estresse da rotina pode desencadear problemas de saúde como é o caso da disfunção temporomandibular.

A DTM nada mais é do que o mau funcionamento da ATM, articulação que liga o crânio à mandíbula. A DTM afeta 80% da população americana de acordo com a Academia Americana de Dor Orofacial.

O que nem todo mundo sabe é que ela é fortemente associada a problemas como ansiedade, estresse e depressão. Além disso, pode causar enxaquecas, dores na coluna, no ouvido e dor orofacial diversa.

Prevenir a DTM em tempos de pandemia

A melhor forma de prevenir a DTM é com uma rotina saudável, com respeito aos horários de descanso e lazer. Com o aumento do trabalho remoto a necessidade de tomar estes cuidados aumentou. Isso porque muitas pessoas se tornaram mais sedentárias e ansiosas ao passar o dia todo em casa.

Por isso, caso você já tenha os sintomas instaurados procure ajuda. O desgaste com a pandemia e o isolamento social pode piorar o quadro, portanto, é importante buscar tratamento. Entre em contato com a Clínica Jin para saber mais sobre este assunto.

**Nenhuma das informações acima confirmam o diagnóstico do paciente e não substituem uma consulta presencial.