Ronco e apneia: qual a relação?
dezembro 28, 2021Depois de um dia cansativo de trabalho, tudo o que queremos é uma boa noite de descanso. Contudo, nem sempre isto é possível, pois, quando estamos na cama, existem duas pessoas: uma roncando e outra ouvindo. Não conseguir dormir por alguém estar roncando do seu lado é uma experiência totalmente desagradável. Mas, já parou para pensar por qual razão isso acontece? Muitas pessoas dizem que se deve ao cansaço ou estresse, mas será que isso realmente se relaciona? Hoje, vamos entender finalmente o porquê do nosso ronco e qual a sua relação com a apneia.
O que causa o ronco?
O ronco acontece devido à dificuldade do ar, de passar pelas vias aéreas durante o sono. Nessa hora, há o relaxamento dos músculos da língua e da garganta, o que estreita a passagem do ar. Ao passar por esses tubos, cria-se uma vibração da laringe com a úvula, gerando os ruídos característicos. Com isso, separamos aqui algumas das causas do ronco.
Dormir de barriga para cima: quando nos deitamos nessa posição, nossa língua tende a cair e nossa boca a abrir. Tudo isso faz com que o calibre das vias aéreas diminua, gerando assim o ronco.
Nariz entupido: quando estamos com alguma gripe ou resfriado e o nosso nariz entope, a tendência é respirar pela boca, e isso nos faz produzir ruídos mais fortes.
Consumo de álcool: tomar algumas doses pode sim impulsionar o nosso ronco. O álcool cria um efeito relaxante nos nossos músculos. Com o relaxamento das vias aéreas, elas tendem a se estreitar e impulsionar o ronco.
Remédios para dormir: tais remédios funcionam da mesma forma que o álcool. Seu efeito “calmante” relaxa nossos músculos, a ponto deles ficarem muito próximos e criarem ruídos.
Obesidade: as vias aéreas são comprimidas devido a pressão que o excesso de gordura faz. Tudo isso acaba impulsionando sons mais altos.
Relação com a apneia
É correto afirmar que todos que têm apneia, roncam, mas nem todos que roncam, têm apneia.
A chamada apneia obstrutiva do sono é a mais grave das causas do ronco. O indivíduo que está nessa condição, ronca muito alto todas as noites, mas entre os roncos, ocorrem paradas respiratórias, geralmente cinco vezes em uma hora.
Mais comum com pessoas do sexo masculino, adultos na faixa etária de 40 à 50 anos tendem a desenvolver essa síndrome devido a um fator genético ou pressão alta. Além disso, é também recorrente em crianças, visto que são incapazes de armazenar a quantidade necessária de oxigênio.
É comum no momento da parada, parecer que a pessoa está sendo sufocada ou estrangulada. Isso se deve pela obstrução da faringe, o que agrava a situação do ronco. É normal que pessoas nessa condição acordem no meio da noite, pois a parada respiratória causa falta de ar. Com isso, o corpo da pessoa se reanima e volta a respirar.
Por mais que esse distúrbio não leve à morte, além dos fatores sociais envolvidos, a pessoa que sofre com a apneia, tem uma qualidade de sono muito baixa, deixando-a cansada para o decorrer do dia.
Fora isso, essas paradas respiratórias, acarretam outros problemas de saúde. A queda da oxigenação do sangue leva ao aumento da pressão arterial e frequência cardíaca. Por fim, com a inconstância do nível de oxigênio no corpo, doenças cardiovasculares como arritmia cardíaca, hipertensão, infarto e acidente vascular cerebral também podem se desenvolver.
Qual a relação disso com DTM?
Sabemos como uma boa noite de sono afeta diretamente na nossa saúde mental. Impaciência, nervosismo, dificuldades de concentração, baixa produtividade – tudo isso são reflexos de um corpo e alma mal descansados. De fato, não dormir bem é capaz de ditar todo o nosso comportamento durante o dia. Agora, uma vez que isso ocorre frequentemente, nossa saúde mental é um tanto alterada. O estresse, ansiedade ou mesmo depressão não perdem uma oportunidade de nos acometer. E é neste cenário que a DTM entra em ação.
Mas afinal de contas, o que é DTM?
DTM é uma sigla para Disfunção Temporomandibular. Nada mais do que uma disfunção na ATM – Articulação Temporomandibular. Tal é uma das estruturas mais complexas do ser humano. É responsável pelo nosso falar, bocejar, mastigar… Enfim, todos os movimentos que podemos fazer com a boca. Contudo, quando a articulação não está bem posicionada ou sofreu alguma lesão, pode-se identificar um diagnóstico com DTM.
Por quais motivos a ATM pode não funcionar muito bem?
Esta é uma pergunta difícil de responder, visto que a DTM é uma doença multifatorial. Sendo assim, são inúmeros motivos que podem causa-la. Um canal ou um problema ortodôntico podem gerar DTM; em outros casos, fatores hormonais ou até psicológicos. É necessário que se realize um diagnóstico para melhor avaliação do caso.
Apneia e DTM – a psicossomatização das doenças
Um dos fatores que pode causar a DTM é psicológico. Visto isso, a DTM é uma doença considerada psicossomática. O que isso quer dizer? Doenças psicossomáticas são aquelas que têm como origem uma desordem emocional e acabam refletindo no corpo físico. Neste ponto, é interessante destacar como o corpo de um indivíduo é um só. Não só os membros físicos, mas corpo, alma e espírito também se fazem muito conectados entre eles. Quem nunca sentiu seu corpo físico sendo afetado por tamanho estresse ou ansiedade? Talvez depressão? Ou crises de pânico, onde até sua respiração passa a faltar? Todos eles são distúrbios psicossomáticos e com a DTM não é diferente.
Sendo assim, podemos estabelecer uma certa relação entre apneia e DTM. Primeiramente, devido a má qualidade de sono e, consequentemente, de vida. Tudo isso pode gerar dores de cabeça, enxaqueca, mandíbula estalando, dores nos olhos e nos ouvidos. Basicamente, esses são os principais sintomas relatados pelos pacientes de DTM. Sendo assim, a apneia também se apresenta como uma grande porta de entrada para um cenário de Disfunção Temporomandibular.
Outro motivo pelo qual podemos estabelecer tal relação é devido à mandíbula. Nesse quesito, é necessário que se faça um tratamento acompanhado de um ortodontista. Em muitos casos, a apneia é tratada com profissionais otorrinos. Contudo, reforçamos a importância de um tratamento 360 – acompanhado tanto por profissionais otorrinos quanto dentistas da ortodontia e cirurgiões bucomaxilos. Por quê? Basicamente, porque os problemas com as vias respiratórias também pode ser causada por uma “deformação” dento-facial. Sendo assim, a grande questão não é somente tratar o problema já instalado, mas solucionar o problema raiz por completo, a fim de que a pessoa não venha a sofrer com o mesmo novamente.
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Erica Jin - Doctoralia.com.brComentários
clinicajin
05/01/2024SP - Capital. Rua Pirapora 54, Ibirapuera
Lindynês Leite Peres
05/01/2024Onde fica essa clínica? Tenho esse cisto no lábio. O meu aconteceu devido uma cotovelada na boca que me atingiu quando eu tinha 15 anos. Hoje tenho 28 anos e quero corrigir isso. Estou a procura de um profissional especialista para me ajudar com isso. Não sinto dor, mas sinto incômodo estético.
Aniclecia Bernardo Souza
26/02/2023Muita dor no rosto e dor no ouvido já faz mas de mês que não sei oque é passar um dia sem dor
Erica Alice
08/12/2022Polana Caniço A
Eliana Porto silva
25/01/2022Boa tarde,meu filho sosofre de dores ha 3 anos e so agora foi diagnosticado o problema filho de DTM ele reclama de enxaqueca,estalos no ouvido,dores no rosto
Angela Gonsalves Feitosa
06/12/2021Sofro de enxaqueca alguns dias quando atacar sinto dor nos olhos ouvidos dentes e na nuca me dar mal esta cala frio e ansia de vomito é normal ser nao for oque devo fazer por isso