Mercado Financeiro e Covid-19: Impactos da Vacina

O mercado financeiro passa em 2020 por diversas oscilações por conta da Covid-19. Com a chegada do final do ano é possível falar em um respiro?

A proximidade de uma vacina contra a Covid-19 certamente é uma esperança que contribui para o mercado. Nos EUA, por exemplo, há planos de vacinar a população em meados de dezembro. Isso já é um grande avanço no que diz respeito ao controle da pandemia. O motivo é que os EUA são o país com maior número de mortos do planeta. Enquanto isso, no Brasil o Ministério da Saúde já estabeleceu parceria com uma das empresas desenvolvedoras de vacina.

E nosso mercado financeiro como está reagindo diante disso? Como o Brasil deve se comportar nos próximos meses? Antes de mais nada, é importante saber sobre a vacina prevista para chegar no Brasil e quando isso vai ocorrer.

Afinal, quando as vacinas serão aplicadas na população brasileira?

Para que seja aprovada a vacina precisa passar por algumas etapas. Primeiro, deve ser considerada segura, ou seja, seu benefício deve ser maior do que possíveis efeitos colaterais. Depois deve ser testada a sua eficácia. Ou seja, deve-se calcular o quanto ela pode de fato combater o vírus em contato com o organismo.

Inicialmente, todos estes testes são feitos em células e em animais como ratos e macacos. Após isso, dá-se início à aplicação em humanos, de forma gradativa.

Os testes em humanos da vacina para a Covid-19 ocorrem em três fases. Na primeira, são escolhidos poucos voluntários. É uma etapa onde são verificados os possíveis efeitos colaterais da vacina. Na fase 2, começa-se a verificar se a vacina de fato protege contra a doença em questão.

A terceira fase é a prova final. É quando a vacina passa a ser aplicada em um número maior de indivíduos. Nesta etapa alguns voluntários tomam a vacina e outros um placebo. Este método, chamado duplo-cego, é a forma mais segura de verificar a sua eficácia.

É importante lembrarmos que há várias empresas de diversos países envolvidos na sua fabricação. E nem todas têm parceria com o Brasil.

Vacinas que devem chegar ao Brasil

Das vacinas em teste, ainda não sabemos todas que devem chegar por aqui. Porém, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) já tem um acordo para a compra das vacinas feitas pela Universidade de Oxford. Esta vacina, elaborada na Inglaterra, é uma das que foram testadas em voluntários brasileiros. Os resultados apontam que sua eficácia varia entre 60 e 90%. Ou seja, as pessoas têm de 60 a 90% menos chances de contraírem a doença.

O Ministério da Saúde já apontou que a vacina integrará o programa de imunização do Sistema Único de Saúde (SUS). A previsão é de que a vacinação ocorra nos primeiros meses de 2021. Porém, ainda não há informações sobre a logística para a sua aplicação.

Há também outra vacina sendo produzida em parceria com o Brasil, a chinesa Coronavac. Neste caso, o desenvolvimento conta com a parceria do Instituto Butantan. Porém, a vacina ainda não possui resultados sobre sua eficácia, já que ainda está em teste.

Como a bolsa e o mercado financeiro reagem a este cenário?

Como em qualquer caso de desenvolvimento de vacina o processo é longo. Até agora, felizmente, as vacinas têm se mostrado seguras e eficazes. Porém, o vai vem dos testes gerou uma certa instabilidade na bolsa de valores.

A boa notícia é que atualmente as maiores empresas já está na fase final dos testes. Algumas inclusive já possuem os dados sobre a eficácia das vacinas. Este cenário impacta positivamente na bolsa e no mercado financeiro. Por isso, a proximidade da imunização fez com que a bolsa de valores no Brasil começasse a fechar em alta. Isso aconteceu ainda com mais ênfase após o anúncio da eficácia da vacina de Oxford. Tudo porque esta é a eleita pelo Ministério da Saúde para integrar o programa do SUS.

Para analisar a bolsa brasileira também precisamos ficar atentos ao que ocorre nos EUA. O fim das eleições presidenciais trouxe mais tranquilidade aos investidores. Isso porque até os resultados saírem havia muita instabilidade por conta dos projetos distintos dos candidatos. Com a transição sendo realizada, o país viu a sua bolsa em alta. Por consequência, o Brasil também teve números mais altos na Ibovespa, principal índice da bolsa nacional.

Além disso, o mercado financeiro está mais confiantes em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Apesar das dificuldades de 2020, o tombo previsto é menor do que o estipulado nas piores fases da pandemia.

Mesmo com o cenário animador, é preciso prestar atenção em relação a uma segunda onda da Covid-19. Caso sejam necessárias novas medidas de lockdown é possível que haja impacto no mercado financeiro. Porém, o cenário é menos preocupante do que era em março. Isso porque os governos já sabem mais ou menos como agir diante do vírus.

Com a chegada da vacina é possível reduzir o isolamento?

Essa é uma dúvida recorrente da população. Afinal, com a vacina no país poderemos voltar a ter uma rotina normal? Infelizmente, a resposta não é tão simples. Primeiro porque não deve existir uma quantidade de vacinas para toda a população. Por isso, o primeiro grupo que deve receber a vacina são os profissionais de saúde. Após isso, os idosos são o grupo que precisará ser vacinado. Só então entra o grupo com comorbidades mais graves. É difícil, portanto, dizer quando a população como um todo será vacinada. Tudo vai depender da estratégia dos especialistas e infectologistas.

Por isso, é possível dizer que precisaremos ainda tomar alguns cuidados nos próximos meses. A boa notícia é que agora temos no horizonte uma vacina que pode por fim a esta situação. Enquanto ela não chega é preciso seguir as orientações de isolamento social. O uso de máscara e álcool em gel ainda será necessário por um tempo.

Outro cuidado fundamental é com a saúde. Ficar em casa faz com que as pessoas se tornem mais sedentárias. E isso é um fator de risco para diversas outras doenças. Por isso, é importante tentar manter uma rotina de atividade física. Uma caminhada ao ar livre pelo bairro já é melhor do que passar o dia todo sentado.

Saúde mental em um mercado financeiro instável

O mesmo cuidado vale para a saúde mental. Permanecer em casa pode aumentar bastante o nível de ansiedade de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Não é a toa que os consultórios odontológicos viram aumentar os casos de disfunção temporomandibular, a DTM.

A DTM é uma distensão na articulação que liga o crânio à nossa mandíbula. E o que isso tem a ver com a ansiedade? É simples: quando estamos tensos e ansiosos pressionamos a mandíbula e apertamos os dentes. Com isso, geramos uma sobrecarga na articulação temporomandibular. O resultado pode ser visto por meio de sintomas dolorosos como dor de dente, dor de cabeça e dor nas costas.

Apenas o dentista especialista em DTM pode propor um tratamento adequado. Por isso, ao sentir alguns desses sintomas procure por um dentista. Na Clínica Jin somos especialistas no diagnóstico e tratamento da DTM. Agende uma visita e tire todas as suas dúvidas.

**Nenhuma das informações acima confirmam o diagnóstico do paciente e não substituem uma consulta presencial.